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Dicas de escrita: como se aperfeiçoar em 6 passos simples


Na graduação, mormente na área distante dos números e fórmulas das ciências exatas e, ainda mais especificamente no curso de Direito, mostra-se de grande relevância a habilidade de escrever bem. Embora possa parecer fácil, o equilíbrio entre uma linguagem exageradamente simplista e uma quase torna inacessível, de tão floreada, é difícil de se atingir. Nesse ínterim, é importante a percepção que, apesar de, para muitos, tal habilidade vir como talento, ela também pode ser fruto da prática e da repetição e, nesse caso, algumas dicas podem ser proveitosas:

1) Leia mais! Ler é um exercício de grande serventia, cujo hábito traz uma extensa carga de vocabulário, além de ser imprescindível em prol de exercitar nossa interpretação (e aqui não me refiro apenas às leituras acadêmicas, absolutamente). Sempre que se deparar com alguma expressão ou palavra que desconhece, busque seu significado para tê-la à disposição em escritas futuras.

2) Evite a repetição de palavras, busque sinônimos ou orações com o mesmo sentido. Dessa maneira, ao alternar as palavras, seu texto ficará mais limpo e atraente. Nessa situação, sempre é válido procurar um dicionário (sim, pode ser aquele de sinônimos). Essa dica pode parecer óbvia, mas é especialmente relevante quanto aos pronomes relativos. Grande parte das pessoas tende a fazer uso repetido do “que”, e esquece-se de seus substitutos possíveis (o/a qual, quem, cujo, entre outros, a depender do contexto).

3) Conectivos! Provavelmente a dica mais importante que aprendi durante minhas aulas de redação do Ensino Médio, e que levei para a vida. Conectivos são subestimados, posto que, na maioria dos casos, podem ser os responsáveis por tornar o texto mais conexo, coeso, conversando entre si, linkando os diversos temas possivelmente abordados. Faça um exercício de tentar introduzir a maioria dos períodos com conectivos, dos mais simples aos mais elaborados, e use-os especialmente ao iniciar um novo parágrafo. Existem diversas listas de conectivos online, mas também vale anotar aqueles que você lê e acha interessantes; os livros de Direito os têm em abundância. Nesse ponto, vale uma ressalva: procure não exagerar ou colocar conectivos sem sentido dentro daquele contexto, utilize-os sempre, mas apenas quando forem, de fato, úteis ao seu texto.

4) Escreva períodos curtos. Dessa forma, além de o texto ficar mais claro e de mais fácil compreensão ao receptor, as chances de se perder em meio à frase é menor. Particularmente, tento me pautar por períodos de cerca de duas ou três linhas; obviamente, não é uma regra fechada, mas pode ser um bom parâmetro.

5) Peça ajuda para um amigo! Especialmente no que se refere aos trabalhos acadêmicos, uma dica útil pode ser usar a ferramenta de “revisão” do Word. Após muitas leituras, ficamos imunes aos nossos próprios erros e não mais conseguimos enxergá-los. Partindo desse pressuposto, pode ser de grande valia pedir que um amigo que escreva bem faça a revisão por você. A ferramenta é bem fácil de se utilizar: a pessoa poderá assinalar seus erros e acrescentar comentários sem que o corpo do texto seja modificado. Diante disso, você poderá perceber onde estão suas falhas, do que decorrerá que será possível se atentar melhor para consertá-las não só naqueles textos, mas também nos próximos.

6) Por fim, no campo da ortografia, dedique especial atenção às questões e regras relacionadas à virgula, à crase, à colocação pronominal e à transitividade dos verbos. Evidentemente, não caberia aqui entrar em todas as regras específicas, mas diante de uma observação pessoal, acredito que sejam os campos em que os erros se concentram com maior intensidade

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